Hoje vi o filme e achei fantástico não só os efeitos especiais como toda a beleza das paisagens, dos animais e tudo o mais. Porém a beleza maior foi ter tido um vislumbre de um mundo mais próximo do ideal, se não o ideal.
O planeta Pandora é equilibrado. Toda a vida se relaciona explicitamente. Há um respeito dos seres uns pelos outros. Sabem que são uma coisa só e portanto, a morte deve acontecer apenas pelas razões certas.
Mesmo a morte tem uma abordagem equilibrada, uma vez que sabem que é um fluxo de energia em outra direação. A energia que animava o corpo vivo é reabsorvida pelo planeta ou pelo que quer que seja e flui para outra forma de vida.
Creio que em nosso planeta algo assim existiu e estamos indo na direção errada, nos afastando da natureza e mesmo destruindo-a em troca de valores supérfluos e fúteis. Uma tentativa de preencher nosso vazio existencial com nada.
A vida primitiva mostrada no filme é ao mesmo tempo sofisticada em termos da proximidade com forças sutis que para nós são inalcaçáveis e ditas misteriosas. Cabe então questionar se investir em tecnologia é o melhor caminho. Ou pelo menos, não seria mais interessante investir na teconologia que nos aproxime da natureza e das forças sutis ?
Diz-se que Matusalém viveu mil anos. Qual era a expectativa de vida na época ? Mesmo que metade disso, já seria muito mais do que se consegue hoje com toda a tecnologia.
Estamos caminhando para o futuro ideal ou para o nosso fim ?
A vida em Pandora, mesmo primitiva me pareceu ideal. Tive vontade de viver lá. Por quê?
Talvez porque o essencial da vida está lá em perfeito equilibrio, dentro de uma total compreensão do papel de cada um e com a compreensão de todo o contexto que envolve a vida. Sem stress, sem ter que roubar e matar para ter uma casa de milionário ou querer o impossível: ser melhor que os outros bilhões de irmãos... A matriz é a mesma, a composição é a mesma...
É possível um ser imperfeito realizar a perfeição ?
Não seria o bom melhor que o ótimo afinal ?
Muito inspirador o filme.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
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